As mulheres de 30 são mais maduras, sensuais, menos tímidas, mais realistas e, principalmente, vividas. Já suportaram muitos preconceitos pelo estigma que o termo “Mulher de 30” trazia. Com tom pejorativo, muitas vezes foram rotuladas como “trintonas encalhadas”, já que, antigamente, para se viver um romance era preciso ter no máximo uns 20 e poucos anos.
Quando se está na faixa dos 20, há um certo temor em chegar aos 30. Muitas ideias na cabeça, sonhos, desejos e o medo de não alcançá-los. Mas até lá falta muito, é o que se pensa. O caminho parece ser longo. Então, o negócio é aproveitar. Nenhuma preocupação com o corpo, muito menos com a mente. E como o tempo não pára, os 30 chegam. E é impressionante a mudança que aconteceu quando se entra nos ‘inta’”. Luzes se acendem na cabeça, ideias clareai e ficam mais intuitiva e, o que é melhor, passa a ter orgasmos múltiplos. Agora ela se conhece, está mais solta, faz o que gosta com menos pudor, mesmo nas vezes em que se encana com as celulites e a bunda caída. Mas isso se dá por sair com garotinhos de 20, gosto é gosto.
Mas nem tudo são flores. Existe a crise dos 30, quando não se tem casa própria, um bom emprego e um namorado. Momento bem reflexivo. Porém, a maturidade e os pés no chão lhe dão mais segurança de seguir o caminho que realmente quer, preocupando-se, é claro, com sua saúde ou outras coisas.
O tempo passa, mas parece que os valores continuam os mesmos. Não faz muito tempo que o casamento deixou de ser visto como prioridade pelas mulheres, ou pelo menos por algumas delas. Como na adolescência, a mulher desabrocha depois dos 30 anos. Adquire um ar mais sensual e os hormônios, mais harmonizados, borbulham diferente. A pele tem outra textura, o cheiro fica mais forte e elas, mais sensíveis. É difícil notar e aceitar algumas mudanças, do tipo abaixar e perceber que o rosto dá uma despencada, mesmo que sutil. Mas como isso não é tudo, buscar desenvolver o lado espiritual e concretizar projetos de vida pode ser interessante.
Parece que a vida começa aos trinta. Ou pelo menos um novo sentido de vida, onde as dúvidas vão se modificando, os medos são substituídos e os valores aperfeiçoados.. Sabe esperar, entender e procurar.
E como já dizia Balzac em seu livro: “Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz… obedece a um sentimento consciente. Escolhe… dando-se. A mulher experiente parece dar mais do que ela mesma, ao passo que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar… Uma mulher… se esconde sob mil véus… Afaga todas as vaidades… Chegando a essa idade, a mulher sabe consolar em mil ocasiões em que a jovem só sabe gemer. Enfim, além de todas as vantagens de sua posição, a mulher de trinta anos pode se fazer jovem, desempenhar todos os papéis, ser pudica e até embelezar-se com a desgraça“.
